intervisao - Vila Viçosa

sábado, junho 06, 2009


A crise das matérias-primas e a desfragmentação das economias não sustentáveis.

Nos últimos dois anos, o mundo encontrou-se com a maior das crises desde 1929, no entanto sem perceber a real situação, e especulando a situação real das economias, os maiores países como a China, o EUA e a Europa, aos poucos voltam ao desenrolar das suas medidas procurando a estagnação da situação e explicando que tudo não passou de uma má supervisão às entidades financeiras.
Mas será real esta justificação simples e não mais do que escrita em meia dúzia de justificações, onde basta apenas um maior controlo económico para que todos voltemos a crescer aos 20 e 30 pontos percentuais a cada ano que passe?
Talvez não! O mundo encontra-se numa situação muito frágil, que muitos nem ainda se aperceberam, pois o desenvolvimento económico sustentado em recursos escassos e que a cada ano que passam reduzem drasticamente as suas reservas, tem provocado que o colapso de um sistema económico habituado a recursos naturais baratos e sempre disponíveis, esteja a correr para um labirinto que só poderá ter consequências drásticas para a economia como a conhecemos. O Dubai é um dos exemplos maiores desta actual realidade, um país que ao longo dos anos tem vivido apenas do seu petróleo, exportando a alimentação do resto do mundo, exportando até agua potável do resto do mundo e não parando um minuto para repensar a sua politica económica, ou virando-se também para as energias alternativas, coloca na posição mais frágil até hoje conhecida. Seria impossível uma rectificação agora que uma nova geração vive acima do que poderia e em condições que apenas considera serem normais, sem abertura para a mudança.
Os recursos como o petróleo e o gás natural são esgotáveis, e serão a cada ano mais, pois se pensarmos naquilo que tem sucedido ao preço do ouro, com um aumento continuo apenas devido à escassez deste metal poderemos prever aquilo que sucederá ao preço do petróleo já este ano, voltando aos $100 dólares. Preços que levarão ao desequilíbrio económico da situação que só agora se começa a viver, as verdadeiras consequências da crise pela qual passamos está a chegar aos poucos sem que nos possamos aperceber.
Outra consequência será a crise politica em que estaremos prestes a entrar, com uma desorientação social sem precedentes, e onde cada família terá dificuldades em compreender o desemprego dos maiores, onde será complicado explicar sem que se revolte contra a sociedade um jovem de 16 anos, em que os pais só lhe conseguem dar 2 pratos de arroz durante um dia, em que a escola marginaliza socialmente sem que para tal acompanhe ou ensine. As crises são vividas dias depois, uma bebedeira é mais ou menos passada quando acontece, mas no dia seguinte a situação é unicamente péssima.
É importante que a população e seu lideres mundiais, tomem medidas de alteração da situação, com medidas concretas que levem à redução da poluição, ao investimento tecnológico de tecnologias amiga do ambiente, é necessário que na casa de cada um de nós passemos a reciclar tudo, de modo a não descuidar nem por um minuto qualquer desperdício energético necessário como uma gota no oceano, onde o conjunto total das gotas faz os oceanos.