intervisao - Vila Viçosa

domingo, março 12, 2006


BOVESPA - O brasil é cada vez mais uma das melhores apostas para os seus investimentos, mesmo com um grande risco agregado, acredito que tem uma alavancagem muito interessante .
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta nesta sexta-feira, interrompendo quatro dias seguidos de queda, com ajuda de dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos. Na semana, a baixa foi de 6%.
"Se era para ser só um ajuste, cumpriu o objetivo. Agora, se faz parte de um quadro maior de realinhamento de taxas de juros de países desenvolvidos e portanto menor fluxo para países emergentes... o mercado poderia cair mais", observou Álvaro Bandeira, diretor da Ágora Senior CTVM.
"Eu estou na primeira turma. (Acho que) o mercado deu uma ajustada mas o quadro que prevalece é extremamente positivo, de liquidez elevada no mercado internacional, de economias em expansão e taxas de juros ainda baixas", complementou.
O principal indicador da bolsa paulista avançou 1,59% nesta sexta-feira, para 36.890 pontos. Na máxima do dia, chegou a subir 2,3%. O volume financeiro ficou em R$ 2 bilhões, pouco abaixo da média diária do ano, de R$ 2,44 bilhões.
Entre os destaques do pregão ficaram as ações da Cemig, que caíram 2,67%, com o quarto maior volume do Ibovespa. A empresa divulgou lucro recorde de R$ 2 bilhões em 2005, com alta de quase 45% frente ao ganho de 2004, mas decepcionou o mercado no último trimestre.
De outubro a dezembro, o lucro da companhia mineira foi de R$ 516 milhões, 14,7% acima do resultado do mesmo período do ano anterior, mas abaixo do esperado por analistas, devido à incidência de fatores não-recorrentes.
Depois de uma semana conturbada no mercado internacional, de muita volatilidade por conta de incertezas quanto ao rumo do juro das maiores economias do mundo, os dados sobre o mercado de trabalho foram interpretados de maneira divergente.
Em Wall Street, os índices subiram, dando mais peso aos sinais de força da economia, apesar do aumento dos juros.
Mas no mercado de títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os rendimentos avançaram, diante de preocupações com inflação.
A economia norte-americana gerou 243 mil postos de trabalho em fevereiro, acima do esperado, e a hora média paga atingiu a maior alta anual em quatro anos e meio. Já a taxa de desemprego do país oscilou de 4,7 para 4,8 por cento.
Analistas de Wall Street previam em média a abertura de 210 mil vagas e taxa de desemprego de 4,7%. O dado de fevereiro segue a abertura de 170 mil postos de trabalho em janeiro, dado revisado em relação à leitura preliminar de 193 mil. O dado de criação de postos em dezembro foi revisado para cima, de 140 mil para 145 mil postos.
"Acho que não muda muita coisa em relação à projeção de Fed Funds (juro básico norte-americano). Na média, (os dados) ficaram meio em linha com o esperado", comentou o analista da ARX Capital Management Alexandre Sant'Anna, referindo-se às revisões de números anteriores.
"(O mercado) vai depender muito dos dados. A expectativa vai ser em política monetária, principalmente nos Estados Unidos", complementou.
Internamente, o IPCA veio em linha com o esperado e o IGP-M iniciou março com desaceleração.
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones avançou 0,95%, enquanto o indicador de principais ADRs brasileiros subiu 0,55%.
Na semana que vem o evento interno mais relevante é a divulgação da ata do Copom, na quinta-feira.
No exterior, o foco será em dados de inflação. Os Estados Unidos e a zona do euro publicarão seus dados de preços ao consumidor na quinta-feira. A Grã-Bretanha divulga seu índice de preços no atacado na segunda-feira.