intervisao - Vila Viçosa

sábado, março 03, 2007



OPA da Sonaecom caiu

A desblindagem dos estatutos foi rejeitada por 46,58 por cento do capital representado na assembleia-geral da Portugal Telecom (PT), contra os cerca de 43,9 por cento dos accionistas que votaram a favor da OPA e 9,52 por cento que optaram por se abster.Em conferência de imprensa, Henrique Granadeiro manifestou-se satisfeito com o desfecho da votação. Após 13 meses de um longo processo, a «OPA morreu», concluiu. «Saímos reforçados desta OPA com o apoio dos accionistas» referiu, aproveitando para sublinhar que o preço lançado pela Sonaecom era «inadequado» e «insuficiente».Osório de Castro, advogado da Sonaecom, tentou ainda suspender a assembleia geral, acção que não surtiu efeito. Ainda assim, fonte próxima do núcleo de accionista da PT, citada pelo semanário SOL, receia que a empresa de Belmiro de Azevedo opte pela impugnação da assembleia.O Estado não exerceu o seu direito de veto. O representante do Governo abandonou a sala antes do início da votação na reunião magna da operadora.Face ao que caracterizou ser um «desalinhamento estratégico» a posição da Telefónica (accionista da PT com 9,96 por cento do capital social), Henrique Granadeiro convidou a empresa espanhola a tirar as devidas «consequências», apelando a um «período de reflexão». Resta saber se a Telefónica irá permanecer no Conselho de Administração da operadora de telecomunicações nacional.Perante o chumbo da OPA, Belmiro de Azevedo recusou-se comentar o resultado da votação. Ainda assim, ontem à noite, à saída de uma conferência realizada no colégio Luso-Internacional do Porto, o patrão da Sonae aproveitou para defender que não existiu «nenhuma derrota final». «Temos que aceitar que as derrotas têm até um valor positivo», defendeu o empresário.Entretanto, o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, reafirmou a determinação de o Governo obrigar o conselho de administração da PT a cumprir a promessa de separar as redes de cabo e cobre.