intervisao - Vila Viçosa

sábado, maio 23, 2009

Economia de mercado e as suas consequencias num momento de desequilíbrio

Um mercado de batatas, de automóveis ou apenas de uma pequena vila, vive de um equilíbrio estável entre a procura e a oferta. O equilíbrio tem tendência para se optimizar, ou pelo menos para circular nessa direcção, procurando desta forma, que o agricultor só produz as batatas que realmente serão compradas, pois conhece a procura de batatas que existe no mercado, o mesmo sucedendo com qualquer produto que tenhamos como referência.
Numa situação de crise como agora sucede, o mercado passa por um período de ajuste, em que o continuo desajustamento, e quebra por parte da procura, faz drasticamente reduzir o oferta, sempre com um desfasamento temporal entre o inicio do desequilíbrio e a queda por parte da oferta. Essa mesma situação é aquela que agora se começa a sentir, pois de forma clara, o mercado reduziu drasticamente a procura, atendendo a problemas graves no sector financeiro, que piorou o acesso a recursos financeiros para as famílias e empresas. Mas também é verdade que um período de ajuste ao nível da oferta, tem um espaço temporal de pelo menos um período fiscal, aquele em que uma empresa consegue perceber que a redução não é cíclica dentro do período fiscal. Em resume tudo aquilo que está a suceder actualmente no mercado português e mundial.
As medidas por sua vez foram desajustadas e numa primeira fase desenquadradas do que realmente estava a suceder, de uma forma geral as consequências que agora se começam a sentir no mercado de trabalho, são apenas originadas pela incompreensão do ajustamento que o mercado estava em si próprio a fazer.
Actualmente um politica expansionistas, poderá ajudar a uma resolução, no entanto será sempre necessário que a classe politica existente seja a primeira a dar passos nesse sentido, reajustando a transparência dos seus actos e das suas politicas, pois caso contrário os investidores e consumidores, procurarão a economia paralela, que retira da economia real, maior rentabilidade da carga fiscal, e por si menor capacidade de gestão das politicas sociais necessárias, criando um labirinto entre classes que nada favorece a economia.