intervisao - Vila Viçosa

segunda-feira, março 27, 2006

O que tenta o governo fazer…

Quando ouvimos o governo falar das reformas na função pública, da reestruturação do sistema, alguns pensam que estão a actuar contra os funcionários públicos. Mas na verdade vos digo, que o único que o governo tenta fazer é salvar as finanças portuguesas, que se na verdade os funcionários públicos não são os únicos responsáveis são em parte, mas mais serão os chefes de órgãos municipais e instituições públicas regionais e nacionais.
Neste momento a função pública em Portugal é de verdade um grande monstro. Analisando os valores desde 2000 e sua evolução, verificamos que o PIB português evolui -4,8% e que o consumo privado diminuiu -1,8%, enquanto isso o consumo publico aumentou 0,8% desde inicio de 2000. Será que os valores não falam por si só.
Em Portugal o investimento público tem sempre agregada outra palavra, derrapagem. Esta não só é a mais dolorosa, como ainda a mais difícil de ser paga, pois encaixam-se os desequilíbrios das previsões e do orçamento económico. Mas a continua contratação por parte das câmaras de inúmero pessoal, mesmo desnecessário, é também apontado como um dos maiores desequilíbrios dos orçamentos. Não só pelo facto que prender mão-de-obra necessária para outros sectores, como pelo facto de se gastar mais e de se trabalhar pior, pois todos já sabemos que um é bom, dois ajudam-se, três rentabilizam-se mas quatro estorvam-se e cinco atrapalham o trabalho ficando metade por fazer.
Por último e dando aqui um recto aos responsáveis de partidos políticos, exprimam as suas verdadeiras opiniões sobre o assunto, mas não mintam pois os portugueses já vos conhecem. O que tem de verdade que fazer, tomar mentiras públicas para ganhar votos, não cumprindo o que não é possível de fazer. Ou optarem por criar empregos precários e não necessários aos serviços públicos para que assim possam ganhar os votos de que tanto necessitam. Não esquecendo que existem sempre a possibilidade de anunciarem que trabalho na função pública não é possível, mas criar condições para o surgimento de trabalho no privado é a alternativa e o verdadeiro desejo…

quinta-feira, março 23, 2006

O mercado caminha com tranquilidade, lógica e vitimas


Os mercados funcionam, temos é que compreender que eles conjugam os interesses de todos e não só de alguns.

Cada vez mais se vê o mercado económico a funcionar e a trabalhar de uma forma mais ajustado e com uma actividade cada vez maior. As actuais OPA´s são o simbolismo desta actividade bastante saudável para as economias, mesmo que seja incompreendida por parte do Zé-pouvinho. Uma pequena mercearia de bairro desaparece, o fenómeno é cada vez mais usual. O aparecimento de maiores superfícies, onde os preços baixam porque a quantidade transaccionada é superior, acaba por sufocar os pequenos. Em contrapartida o consumidor tem mais á escolha e a preços mais baixos. Tal sucede, tão simplesmente porque o consumidor é racional e procura as mesmas quantidades com um nível aceitável de qualidade ou mesmo até superior e a preços mais baixos.
Em relação ao mercado das grandes acções, o mesmo sucede. Uma pequena empresa acaba por ser adquirida por uma ainda maior, ganhando-se mercado e ganhos de mercado. Tal sucede não necessariamente por empresas maiores em relação ao seu nível de lucros ou de valor suporte, mas também ao nível de poder que tem junto dos clientes do mercado que quer atingir.
Em Portugal a consolidação das empresas, já não passa somente pelo mercado português, mas essencialmente pelo mercado Ibérico e a posição que o mesmo pode ganhar ao nível europeu. Hoje sabemos que os grandes entre fronteiras, são muito pequenos na Península Ibérica e muitíssimo pequeninos na Europa com que tantos sonhamos.
A agregação de empresas, poderá levar a que as maiores empresas que hoje conhecemos em Portugal acabem em mãos estrangeiras e essencialmente em mãos espanholas até final da próxima década. Não só numa analise racional, como através de uma análise da evolução de tudo o que tem sucedido.
O nosso Portugal poderá estar a mudar mas não como nós queremos mas sim como o mercado quer. Maior desemprego mas também maior crescimento económico através de mãos essencialmente espanholas, será o destino do caminho que o mercado quer tomar.

JF

terça-feira, março 21, 2006


O sonho e os traumas de uma criança portuguesa
Um rapazinho de 8 anos queria ganhar 100 euros e rezou durante duas semanas para Deus, como nada acontecia, ele resolveu mandar uma carta para o Todo-Poderoso com o seu pedido. Os CTT receberam uma carta endereçada para “Deus-Portugal” e resolveram entregá-la ao Ministro das Finanças. O ministro das finanças ficou muito comovido com o pedido e resolveu mandar uma nota de 10 euros para o garotinho, pois achou que 100 euros era muito dinheiro para uma criança tão pequena. O rapazinho recebeu os 10 euros e imediatamente sentou-se para escrever uma carta de agradecimento: - “ Querido Deus: Muito obrigado por me mandar o dinheiro que eu pedi. Contudo, notei que por alguma razão, o senhor mandou-o através do Ministério das Finanças e, como sempre, aqueles filhos da pu_ta ficaram com 90% do que era meu “

domingo, março 19, 2006

Os subsídios para a agricultura em Portugal chegam ao fim em 2007… e agora?

Portugal foi dentro da união europeia, o país com uma maior ajuda ao nível de apoios na agricultura. Estes que sempre se enquadraram numa dinâmica de melhoramento e reestruturação da maquinaria e das condições existentes, de forma a tornar as nossas produções tão competitiva quanto as da união europeia e posteriormente quanto as do resto do mundo. Não foram desta forma compreendidas pelos nossos agricultores.
Os primeiros a comprarem os jipes novos forma os portugueses, enquanto que os espanhóis e franceses compravam tractores adequados ás suas produções, ou mecanismos de rega para combaterem os grandes picos de calor que as nossas regiões tem. Um investimento inicial que lhes permitiu hoje, comprarem os jipes que os portugueses compraram em 1990, mas que hoje estão velhos. Neste momento os nossos agricultores ainda necessitam de reestruturar as suas máquinas e os seus processos de rega, enquanto que os espanhóis têm um nível de modernização no seu processo produtivo importante, e comprar agora os seus primeiros jipes que nem são novos.
Portugal necessita de agricultores modernos que a médio prazo recuperem o que durante anos se perdeu. A produção em pequenos hectares e os seus elevados custos por unidade, ou mesmo a utilização de subsídios por parte desses pequenos agricultores, não permite também que a modernização em certos sectores se faça.
Mas a situação começa a preocupar o mundo económico em Portugal, principalmente desde que o aumento da união europeia se deu, para países que ao nível agrícola estão mais atrasados que nós. Todos sabemos que o fim dos subsídios é uma realidade, pelo menos ao nível da ajuda para produzir. Eles podem manter-se na pós-produção, como incentivo de venda no mercado mas só isso.
Desta forma não sei como será a médio prazo a nossa agricultura, ou até sei e tenho algum receio em falar disso em voz alta. Quando esta semana ouvi o Primeiro-ministro a falar no Alqueva da solução para o Alentejo passar unicamente pelo turismo, não acreditando que a agricultura continue a ter a importância que ainda hoje tem, ou melhor que os alentejanos pensam ter é preocupante. Nesse caso, sabemos que é uma verdade. Neste momento um dos sectores que cada vez mais é uma aposta nos agricultores, mas que não acredito que vá dar resultados diferentes dos de aumentar exageradamente o mercado, baixando o preço a um nível sem rentabilidade para produções menores a 4 hectares, é a vinha destinada á produção de vinho do Alentejo. Analisem só o valor do preço da garrafa de vinho, em comparação ao preço de á 6 anos atrás.
Meus senhores, o momento é de reflexão, eu acredito que os grandes agricultores, e principalmente aqueles que estudam ao pormenor, preço-custo, consigam sair em frente, mas os outros… tenho muitas certezas que não.

JF

quarta-feira, março 15, 2006


As câmaras municipais, estrangula as pequenas e médias empresas.

Cada vez mais em Portugal, o aparelho regional e local da função pública, estrangula a posição débil de pequenas e médias empresas. Tal situação dá-se não só com o elevado valor dos impostos, como ainda devido ao elevado custo de licenças, de comissões etc… que as câmaras municipais cobram ás pequenas iniciativas privadas.
Em pequenas localidades como a nossa, o aproveitamentos de pequenas empresas, cobrando-lhes comissões elevadas por declarações ou por licenças leva á desesperação de quem positivamente quer contribuir para a economia do estado. Pensemos por exemplo o que isso implica, no que diz respeito ao número de empregados que muitas pequenas empresas em Vila Viçosa podem representar.
Desta forma penso que seria importante isentarmos estas empresas de pequenas taxas e custos de licenças que sabemos que os municípios aproveitam para cobrar acima do seu custo real. Desta forma a cativação de novas PME, seria uma realidade na nossa zona, o que permitiria que ao nível demográfico pudéssemos crescer, não só numa base numérica mas também ao nível da sustentabilidade para o número populacional existente neste momento.
Uma estratégia bem montada e mais dinâmica irá permitir um crescimento económico, no entanto para isso é necessário criarmos incentivos para que tal suceda.
Com isto não digo que o município da nossa terra nada tenha feito, refiro isso sim, que ainda é pouco para a necessidade estruturante que estes incentivos podem criar.

JF

segunda-feira, março 13, 2006


As empresas portuguesas são cada vez mais interessantes.

Mais uma OPA, hoje algo depois das 15horas, o BCP lançava uma OPA sobre o BPI. Tudo parecia levar á existência de interesses na aquisição do BPI, principalmente desde que o BPI deu a conhecer os seus lucros, superando as melhores das previsões. No entanto parece difícil que esta acção do BCP vá em frente, principalmente desde que alguns dos seus accionistas indicaram que ter uma galinha dos ovos de ouro e querer vende-la por um cesto de ovos é simplesmente ignorância. Não podemos esquecer que os maiores accionistas do BPI são o ITAU, e a ALLIANZ. Grupos que devido ao seu poder económico, mas principalmente devido á sua estratégia no mercado português, não vê com bons olhos esta operação.
Por outro lado existem no mercado, principalmente em Espanha, bancos que parecem estar muito interessados na aquisição de mercado em Portugal. Vejamos por exemplo o BBVA, ou mesmo La Caixa que é um dos grandes accionistas do banco português.
Uma coisa podemos no entanto concluir, o desespero que esta operação parece ter por parte do BCP, para alem do facto de que o banco mais rentável ao nível produtivo no ano de 2005 em Portugal deverá valer mais do que os 5,70€ oferecidos pelo BCP. Tendo em atenção ao valor atingido no dia de hoje, mais de 6€ por acções.

domingo, março 12, 2006


BOVESPA - O brasil é cada vez mais uma das melhores apostas para os seus investimentos, mesmo com um grande risco agregado, acredito que tem uma alavancagem muito interessante .
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta nesta sexta-feira, interrompendo quatro dias seguidos de queda, com ajuda de dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos. Na semana, a baixa foi de 6%.
"Se era para ser só um ajuste, cumpriu o objetivo. Agora, se faz parte de um quadro maior de realinhamento de taxas de juros de países desenvolvidos e portanto menor fluxo para países emergentes... o mercado poderia cair mais", observou Álvaro Bandeira, diretor da Ágora Senior CTVM.
"Eu estou na primeira turma. (Acho que) o mercado deu uma ajustada mas o quadro que prevalece é extremamente positivo, de liquidez elevada no mercado internacional, de economias em expansão e taxas de juros ainda baixas", complementou.
O principal indicador da bolsa paulista avançou 1,59% nesta sexta-feira, para 36.890 pontos. Na máxima do dia, chegou a subir 2,3%. O volume financeiro ficou em R$ 2 bilhões, pouco abaixo da média diária do ano, de R$ 2,44 bilhões.
Entre os destaques do pregão ficaram as ações da Cemig, que caíram 2,67%, com o quarto maior volume do Ibovespa. A empresa divulgou lucro recorde de R$ 2 bilhões em 2005, com alta de quase 45% frente ao ganho de 2004, mas decepcionou o mercado no último trimestre.
De outubro a dezembro, o lucro da companhia mineira foi de R$ 516 milhões, 14,7% acima do resultado do mesmo período do ano anterior, mas abaixo do esperado por analistas, devido à incidência de fatores não-recorrentes.
Depois de uma semana conturbada no mercado internacional, de muita volatilidade por conta de incertezas quanto ao rumo do juro das maiores economias do mundo, os dados sobre o mercado de trabalho foram interpretados de maneira divergente.
Em Wall Street, os índices subiram, dando mais peso aos sinais de força da economia, apesar do aumento dos juros.
Mas no mercado de títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os rendimentos avançaram, diante de preocupações com inflação.
A economia norte-americana gerou 243 mil postos de trabalho em fevereiro, acima do esperado, e a hora média paga atingiu a maior alta anual em quatro anos e meio. Já a taxa de desemprego do país oscilou de 4,7 para 4,8 por cento.
Analistas de Wall Street previam em média a abertura de 210 mil vagas e taxa de desemprego de 4,7%. O dado de fevereiro segue a abertura de 170 mil postos de trabalho em janeiro, dado revisado em relação à leitura preliminar de 193 mil. O dado de criação de postos em dezembro foi revisado para cima, de 140 mil para 145 mil postos.
"Acho que não muda muita coisa em relação à projeção de Fed Funds (juro básico norte-americano). Na média, (os dados) ficaram meio em linha com o esperado", comentou o analista da ARX Capital Management Alexandre Sant'Anna, referindo-se às revisões de números anteriores.
"(O mercado) vai depender muito dos dados. A expectativa vai ser em política monetária, principalmente nos Estados Unidos", complementou.
Internamente, o IPCA veio em linha com o esperado e o IGP-M iniciou março com desaceleração.
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones avançou 0,95%, enquanto o indicador de principais ADRs brasileiros subiu 0,55%.
Na semana que vem o evento interno mais relevante é a divulgação da ata do Copom, na quinta-feira.
No exterior, o foco será em dados de inflação. Os Estados Unidos e a zona do euro publicarão seus dados de preços ao consumidor na quinta-feira. A Grã-Bretanha divulga seu índice de preços no atacado na segunda-feira.


Inovar tecnologicamente em Vila Viçosa.


A década que se aproxima, tem uma base já consolidada num mundo informático. Com base nas novas tecnologias, e com uma riqueza cada vez maior em termos da facilidade e da liberdade de circulação da informação, é importante termos capacidade de acompanhamento e adaptação.
É desta forma que acredito que em Vila Viçosa um fórum cultural, onde os espaços de cultura se misturassem com a tecnologia e inovação. Uma Biblioteca, associada com um forte sistema de formação e conhecimento de novas tecnologias. Acredito ainda que esse espaço poderia ser a conjugação de aprendizagem com investigação, onde o acesso a condições importantes para consagrar o conhecimento e investigação seria a novidade.
Para isto a importância da escola secundária de Vila Viçosa e uma importante interligação á universidade de Évora através dos calipolenses que lá estudam, seria deveras condicionante para um perfeito funcionamento.
Os custos associados seriam evidentemente significativos, não só pelos custos do edifício em questão mas também pelo facto de que a instalação do equipamento e do material teria custos ainda elevados. Mas todos sabemos que a EXPO custou muito dinheiro, mas que ao longo dos anos a aposta e a inovação daquela zona, bem como a sua recuperação são superiores aos custos.
Este espaço agora aqui idealizado, teria ainda outra característica importante, que seria o facto de poder agregar instituições locais, a rádio campanário com novas instalações e mesmo associações juvenis que hoje estão instaladas em casas sem condições de habitabilidade.
Desta forma seria importantíssimo Vila Viçosa ter um local estratégico, não de agregação institucional como ainda um espaço onde a cultura, a investigação e as novas tecnologias tivessem ao dispor dos calipolenses.
Ainda voltando aos custos, seriam essencial que estes fossem partilhados entre o publico e o sector privado, que poderia ver neste projecto, o acesso a um espaço onde pudesse receber investidores e realizar negócios de forma mais profissional, tendo a acesso a tecnologias que fora deste espaço seria difícil conseguir aceder. Vejamos por exemplo as empresas de mármore, todos sabemos que a maioria recebe muitas vezes investidores que se deslocam até Vila Viçosa, para poderem escolher peças e fechar negócios de exportação de mármore. Mas também é sabido por todos nós, que o único que muitas vezes eles acabam por ver a mais do que a pedra que vem comprar ou negociar, é alguns restaurantes. A realização de um negócio não passa só pela boa qualidade do material, mas também pela imagem de profissionalismo que uma empresas é ou não capaz de fazer passar.
Portugal tem que inovar e nós poderemos ser os primeiros do pelotão, basta querer.

JF (publicação antiga)


Vila Viçosa com mais habitações do que habitantes… que bom.

Parece cada vez mais clara a situação habitacional em Vila Viçosa, muitas mudanças, muitas novidades e muitas novas zonas habitacionais. Mas acho que esta situação é importante.Hoje temos pelo menos 4 novas zonas onde se estão a construir habitações, e duas de novos apartamentos. Mas claro que infelizmente o numero populacional na nossa terra não se alterou. O que quer dizer que mais tarde ou mais cedo o inevitável vai suceder, descida do preço da habitação. O que é importante se todos queremos ser um pólo atractivo a novos jovens.Como já várias vezes o referi, o interesse em crescermos em termos populacionais, é tão grande como o de crescermos industrialmente. Principalmente em áreas que não as relacionadas na extracção de mármores e sua transformação. Pois a médio prazo esta dependência pode sair-nos cara.Fico no entanto só com uma última nota, a de que cada vez mais será também importante tornarmos as aldeias na nossa terra como um ponto de atracção e de interesse na permanência dos jovens e na integração socialmente e profissionalmente.

voltei


Novo Blog Vila Viçosa

Aqui surge o meu novo espaço e desta vez sem interferências de que venha de fora. Um espaço onde outras ideias terão oportunidade de serem publicadas mas só. Pois não irei dar espaço a ideias das quais eu não concordo, tão simplesmente porque para isso existem em Vila Viçosa já outros espaços. Espero que desfrutem e que colaborem neste espaço. Irão surgir novos projectos e espero que todos aqui colaborem.

JF